Hoje li um texto com o qual me identifiquei muito.
Acabei descobrindo que sofro de uma perturbação neurológica ainda sem nome científico oficial. Mas bem conhecida por " patetice ".
Martha troca nomes próprios além de palavras corriqueiras, banais. Já eu, tenho atitudes que até eu duvido.
Já me meti em cada situação... na hora quero cavar um buraco e me enterrar.
Das piores patetices:
Só dirijo descalço, portanto entro no carro e tiro logo os sapatos. Uma vez fiz o contrário: abri a porta sentei e tirei os sapatos ainda no lado de fora. Deixei eles ali e fui embora. Quando cheguei em casa me dei conta do acontecido e voltei pra buscar.
Fui parada numa blitz e me pediram a habilitação, eu entreguei meu RG. Fiquei olhando pro guarda que também ficou me olhando incrédulo e paciente e eu olhando pra ele e pensando porque ele tava demorando pra me devolver os meus documentos.
Resolvi ir de carro à uma loja bem pertinho da minha casa. Estacionei comprei o que precisava e voltei pra casa. Andando. Mas o pior é que só lembrei do carro umas duas ou três horas depois, quando ia voltar ao trabalho. Fiquei apavorada quando não encontrei o carro na garagem. Pensei que tivesse sido roubada. Mas logo lembrei onde o havia deixado.
Outra vez foi na hora de assinar um documento. A pessoa que estava comigo no cartório me disse: "Não vai errar". Não aguentei a pressão. Assinei no lugar certo. Só esqueci que deveria assinar meu nome e não o nome do agourento que estava ao meu lado.
Sem contar as vezes que tentei entrar em carros que não me esperavam.
Meu irmão parado em frente a farmácia me esperando e quando saí da farmácia entrei em outro carro, com outra família dentro.
Ah...tem também episódios de elevador que são os meus favoritos.
Como da vez que decidi que o senhor que estava no elevador desceria em outro andar que não era o dele. Ainda segurei a porta aberta e disse, insistentemente, que ele já podia descer que era aquele o seu andar (quase o convenci )
Tem mais um...
Quando cheguei no corredor, a porta do elevador já estava aberta e percebi um desnível no piso, mas entrei do mesmo jeito. Foi quando ouvi uma voz grossa e abafada, vinda não sabia de onde dizendo: " vai pela escada ".
Quase morri de susto. Procurei por todos os cantos até perceber que a voz vinha de cima do elevador e não do além.
Já consegui me trancar em casa atrás de várias portas. Nem lembro quantas, oito ou nove....sei lá. E depois tranquei todas as chaves dentro de um guarda roupa e me tranquei em outro quarto e dormi. No outro dia quando girei a chave na fechadura do quarto, consegui quebrar a bendita chave. Daí estava eu e minha filha trancadas em um quarto e com todas as outras portas e grades que davam acesso a este quarto tbem bem trancadas. Eram 6:30 da manhã quando chegou o chaveiro para arrombar as portas. Me senti uma princesa sendo resgatada kkkkkk
E a última história e também a mais antiga que me lembro:
Era véspera de Natal e eu não tinha comprado nada. Fui de metrô até o centro de Nagoya, era meu primeiro natal fora de casa e no Japão. Estava bem frio e eu estava usando uma jaqueta de couro cheia de zíper ( um look roqueiro com muito metal) Na volta do shopping eu estava cheia de sacolas e o metrô lotado. Fiz todo o trajeto em pé na frente de uma japonesa de cabelos cacheados e volumosos, bem sentadinha na minha frente. O metrô parou e quando eu ia sair, percebi que o cabelo da japonesa ia sair comigo. Tava preso nas minhas pulseiras ou jaqueta sei lá. .. e não era cabelo. Era peruca ...
É .... ninguém é perfeito.