A Cara da Felicidade

Quando eu era pequena achava que a felicidade era algo que a gente encontrava  em determinado ponto da vida. Encontrava, acolhia e seguia em frente dia após dia com a mesma felicidade, já encontrada e muito bem embalada para não correr riscos de quebrá-la ou mesmo de perde-la por aí.

Então passei algum tempo procurando por ela, e demorei um tiquinho até descobrir, não tenho a medida exata de quando foi isso, tão pouco importa, mas descobri que não devemos procurar por ela, neste caso quem procura não acha, quem idealiza não sente, felicidade não é troféu e nem gosta de exibição, pelo contrário ela é tímida e simples, nunca está por perto...mas sempre por dentro.

E apesar de habitar nosso interior, em dados momentos faz o possível para sumir...Acho que ela faz isso de propósito, para ser valorizada em seu regresso. Daí, nessa busca pela valorização, ela se esconde e deixa o rabo de fora para nos provocar e flertar conosco.
Veste-se de todas as cores, intitula-se de mil amores, mas no fundo ela é um pouco de tudo sem depender de nada.
A felicidade é mais uma questão de estar e não de ser, é uma questão de contagio. Existem pessoas que exalam felicidade sem motivos aparentes, sorriem pelos poros e olhos, com tamanha espontaneidade que acabam nos contaminando. Isso tudo me fez lembrar uma pessoa que cruzou meu caminho e que costumava me dizer: "Ria...ria que é pra eu ficar feliz, teu riso explode e contamina". E eu ria dele, ainda rio quando lembro.
Então contamine-se, descubra-se feliz, cada dia um motivo diferente, mas sempre com a certeza de que há motivos.