Estava remexendo um dos porões da alma, e encontrei pedaços de minha adolecência.
E um desses pedaços é guardado com muito carinho: o tempo do colégio de 5ª a 8ª série.
Lá encontrei figurinhas que jamais esquecerei. Como um professor chamado Zeuxi, professor de História (Escola paulo de Assis Ribeiro) Colorao D’Oeste-RO. Paraibano, quando entrava na sala de aula com seu sotaque, cadernos, livros e caderneta na mão, eu tinha certeza que seria uma aula looooonga, e sempre era. Um professor cheio de estórias, sua aula era cansativa, mas ele era único. Eu odiava suas aulas de História, mas tenho saudades dele. Por onde andará?
Neste colégio conheci a prodessora Céli, tive o prazer de ser sua aluna. Também paraibana, era brava. Com ela aluno nenhum contava estória. Era professora de Português.
Mas nenhuma professora de Portguês se iguala a SANDRA RIBEIRO. Fui sua aluna no colégio Zilda da Frota Uchôa, VHA-RO. Trago na memória sua lembrança com imenso carinho.
Ainda ecoa em meus ouvidos seus ensinamentos didáticos e de vida, com seu sotaque carioca inconfundível. Tenho na memória a nítida lembrança dela ensinando regras de acentuação.
“… toda paroxítona terminda em R I N L U X, é acentuada.” Então eu pensava : Nossa RINLUX, nem dá para esquecer, parece nome de shampoo contra caspa. RSRS.
Ela tem uma filha, que na época era um bebê, tem meu nome, e eu me sentia envaidecida com isso…Coisa de criança, ou pelo menos coisa da criança que fui.
Lembro também de uma professora chamada Nilza, ela ensinava Química e Física. Nossa, quando falo em Nilza lembro de TABELA PERIÓDICA. Maravilhosa NIlza.
Professor Gilson – Com seus passos largos e sorriso franco sempre entrava na sala descontraindo, era um barato a aula dele.
Almerinda ensinava geografia, voz mansa e jeitinho calmo igualmente inesquecível.
Não posso deixar de falar da Ana Nery, não lembro sua função na escola, mas ela era acima de tudo minha amiga. Há dois anos voltei a esta escola, e a reencontrei. Ela me disse que ainda tem uns rascunhos de minhas poesias na sua casa (ela corrigia tudo que eu escrevia: poesias, contos ou desafabafos, sempre paravam nas mãos dela para correção).
Linda a maneira como tratas as tuas recordações e quem as povoa.
ResponderExcluirBeijo