O fim pode ter tido início no começo...E inevitavelmente acabou. Assim
foi decretado.
Isso pouco importa.
Mas é isso que pensamos quando um amor acaba, quando chega ao fim. É
exatamente isso que tentamos explicar. Tentamos com todas as forças justificar
de alguma forma, aquilo que já estava secretamente predeterminado.
Parece que se explicado, vai doer menos. Parece que assim o meio justificaria
o fim. Sem trocadilhos é claro.
Mesmo com a dor exalando, inspecionamos cada milímetro ou cada segundo
do relacionamento (este já enterrado), para descobrirmos onde ou quando o amor
mudou, ou porque acabou. Passamos horas, procurando saber em que rua ou em que esquina nos perdemos um do
outro.
Temos a necessidade de explicar e justificar o que não tem explicação.
Temos a necessidade de encontrar um erro, um vacilo um “não sei o quê”
que nos mostre o motivo para tudo ter
acabado.
E a dor grita: “ Eu ainda amo”. Como se
isso fosse suficiente... Como se o amor pudesse sobreviver de maneira
unilateral.
Quem de nós, nunca viveu isso? Quem de nós, nunca chorou um amor
perdido?
Quem nunca sentiu na alma essa dor pungente, torturante?
O amor acaba sim. Da mesma
maneira que a chuva passa, que o sol se põe, e o vento para.
Tudo morre. E o amor, se não morre, transforma-se. Ele não é eterno, nunca foi.
O amor é volúvel, inconstante, transitório. E um dia troca de cara, de
roupa, de endereço. E o riso que antes era para mim, hoje tem outro destino. O
olhar que antes seguia-me, hoje tem outro foco.
E essa simples constatação, maltrata, fere, DÓI.
E esse amargo não passa, ele demora... Se instala. E então tudo que a
gente quer, é que essa dor passe ou explique-se
que peça desculpas, peça perdão e suma.
E mais tarde, só muito mais tarde, é que um outro alguém nos provoca
novos risos.
Mais uma vez uma publicação show de bola do Blog, Parabéns Tia!
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