Abrindo as comportas da alma
derramando-me por onde passava.
Andei por aí, gravando na retina rostos
de Josés e Marias, que por acaso conheci,
E na esperança de nunca esquecer,
me demorei mais em alguns olhares.
Fui por aí, esperando chegar.
Procurando encontrar...
Buscando o quê amar, um amor do meu número
Uma saudade do meu tamanho.
Qualquer coisa que ocupasse um vazio
Andei por aí, do norte ao Aichi,
conhecendo manhãs cinzentas mas,
que anunciavam lindas tardes vermelhas.
Por aí... fui descobrir lugares desenhados,
e céus coloridos que pareciam festa de criança.
Andei por aí... desfolhando calendários,
atravessando janeiros e quando sonhava,
era dezembro outra vez.
Descobri então, que o tempo
não faz pausas nem abre concessões.
Por isso fui colocando pra dentro do peito,
um pedacinho de cada mundo que conheci.
Pedacinhos de luas, retalhos de céus, brilho de estrelas
o calor do sol, o branco da neve, alguns sorrisos recebidos,
carinhos, restos de algumas dores,
várias e necessárias decepções,
e todo, mas todo o amor que acumulei.
Agora, sei o que fui buscar por aí,
Fui me buscar, me descobrir, me reinventar.
Fui fazer quem sou.
Divulguei este blog em
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esperando que não se importe (porque penso que divulgar blogs com qualidade é uma obrigação de que lê).
Gostei muito. Obrigado