Poemas participantes da enquete ( Em teste )

14 de fevereiro de 2014

Quando Ele Chega


Hoje li o poema de um amigo, que me deixou planando em lembranças de amores idos, amores guardados, amores esquecidos. Amores amordaçados. O amor é mesmo um sentimento controverso, motor de rimas bonitas, lindos sonetos sonoros versos. 

O amor chega descortinando o olhar, abrindo as portas, arejando a alma, iluminando o riso, tirando tudo do lugar. Chega varrendo toda a poeira acumulada na alma, vale dizer que a poeira se acumulou desde que o último amor se foi. Paradoxal. 


O amor chega colorindo a gente, amor é sentir-se parte do arco íris, é pintar de carmim tua paixão tua libido, (Cinzetudes? Só depois, quando for a hora da ressaca sentimental).

Ele chega "causando" num dia qualquer sem hora marcada, sem bater na porta (é seu costume ser invasivo). Chega....e te paga sem batom, de cabelo molhado, jeans surrado, no meio de uma tarde qualquer de março, na fila do supermercado. E nesse momento já sabes que o melhor e o pior ainda estão por vir, nessa mesma ordem, mas isso não importa. Nada importa, nem mesmo a dilacerante dor que já está fazendo reserva em você, saí um entra outro. Mas essa dor é assunto pro teu analista ou para uma outra crônica. Essa se propõem a falar só do amor, de quando ele chega e como nos joga pra cima das nuvens nos deixando vulneráveis, porém confortavelmente felizes.

E como é bom amar, amar é mar que vem de dentro, vem em ondas fortes derrubando e afogando toda a sensatez e coerência que molda o indivíduo. Amar é comer bolo de chocolate com cobertura mega calórica e se lambuzar toda sem nenhum remorso pela dieta perdida, amar é a plenitude antes de tudo. Amar é sentir borboletinhas voando no estômago; amar é sentir que tem pra onde voltar, é porto seguro, cais. Amar é lisérgico. Amar é tanta coisa que me perco na sua definição, define melhor quem define com o coração. Amar é desordem emocional, pensamento em sintonia coisa e tal, essas bobeiras que a gente pensa quando está em estado de graça. Amar é mais ou menos isso. Tudo o que vem depois é intimidade conquistada. Tudo que vem depois se não for ressaca, é marasmo. O que vem depois é o medo. Medo de não amar mais, medo de amar de novo, medo de admitir a falta de amor.

É medo. Tudo que vem depois das borboletinhas estomacais, assume outros tons, outras notas. Tudo que vem depois tem licença.


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Quem sou eu

Gosto de escrever. Escrever para mim é uma necessidade, uma cura. Escrever é um ato de extrema entrega, é de dentro pra fora. Escrevo por urgência, escrevo por amor e com amor. Sou imediatista, intensa, e sonhadora! Defeitos? Tenho muitos, incontáveis talvez; melhor nem dizê-los.; Tenho uma alma sonhadora. Sonho, e como sonho...

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