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8 de fevereiro de 2015

Patologias a Parte, Mentir é Quase Uma Arte

Patologias a Parte, Mentir é Quase Uma Arte


Algumas mentiras bem contadas tornam-se quase verdades, e muitas atravessam décadas mas um dia, tropeçam nelas mesmas e caem provocando grandes estragos.
Quem nunca foi vítima de uma mentira?

Ou quem nunca disse uma mentira? Se você disser que nunca mentiu, estará mentindo. Todos nós já dissemos alguma mentirinha (assim no diminutivo parece inofensivo) ainda que para exercer o politicamente correto ou justificarmos algum esquecimento ou atraso, quase todos nós já mentimos de alguma maneira, para não ferir os sentimentos de alguém que queremos bem, ou somente para agradar.

No caso do mentiroso nato, mentira proferida é compromisso assumido. Compromisso com o quê?! Com a imagem do mentiroso, é óbvio. Mentiroso que é mentiroso de verdade não quer cair em contradição, muito menos ser desmascarado, ser pego com a boca na mentira é vergonhoso demais até mesmo para o mentiroso experiente.

É...Mentir dá trabalho, e detalhe, uma mentira sozinha não sobrevive, mentiras precisam estar acompanhadas de outras mentirinhas para se sustentarem, mentiras são solidárias; uma só existe para ajudar a próxima ou a anterior, e assim vão acumulando-se e misturando-se até que quem as criou não consiga mais separar realidade e fantasia, nesse caso é claro que a patologia já se instalou há muito tempo.

Existem vários tipos de mentirosos: Os que mentem para esconder um fato por medo ou culpa; existem aqueles que mentem por insegurança e fazem da mentira uma bengala; existem também os patologicamente mentirosos; Tem aqueles mentem por prazer; aqueles que mentem por omissão e o que mentem por compulsão.
E omissão é mentira? É um tipo de mentira? Ou quase mentira? Existe quase mentira? E meia verdade, o que será? Isso tá ficando complexo demais.

Ah!!! Estava esquecendo de um espécime de mentiroso, o mais repugnante de todos na minha opinião, esses causam enormes prejuízos: os políticos; esses, armam palanques para proferir suas inverdades aos quatro ventos, pronunciam suas mentiras na TV em rede nacional, e mentem fluentemente, mentem de forma a convencer milhares de pessoas a mentirem com eles e por eles.
Este espécime de mentiroso é sazonal e extremamente nocivo.
Esses mentirosos tem como especialidade arrastar multidões. E suas mentiras são tão contundentes que aprisionam seus eleitores em suas teias de corrupção e roubalheira (desculpe-me, mas não resisti).

Há também o mentiroso self-service, que aquele que mente para si, para aliviar uma dor ou esquecer algo.

Acima de tudo, o mentiroso deve ser detentor de uma boa memória, isso é imprescindível, do contrário será um mentiroso fracassado.
Existem pessoas que mentem com tanta desenvoltura e maestria que apesar de sabermos se tratar de uma mentira, nos deixamos enganar.

Patologias à parte, mas mentir é quase uma arte e digo isso sem apologia à mentira, é claro. E é claro que digo a verdade.

Para ser mentira, o ato deve ser deliberado, o locutor deve ter a intenção de enganar e induzir o ouvinte ao erro.
Aquele que conta uma inverdade por ignorância do fato real, esse deve ser no máximo chamado de incauto.

Para ser mentiroso é preciso muito talento e disposição.

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Quem sou eu

Gosto de escrever. Escrever para mim é uma necessidade, uma cura. Escrever é um ato de extrema entrega, é de dentro pra fora. Escrevo por urgência, escrevo por amor e com amor. Sou imediatista, intensa, e sonhadora! Defeitos? Tenho muitos, incontáveis talvez; melhor nem dizê-los.; Tenho uma alma sonhadora. Sonho, e como sonho...

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